São Paulo, julho de 2023 – A sétima pesquisa de preços sobre refeições em restaurantes na cidade de São Paulo, feita pelo Procon-SP no mês de junho, aponta mais uma alta no preço médio da refeição self-service por quilo. Desde a primeira edição, realizada em janeiro de 2020, passando pelos levantamentos anteriores – outubro de 2021, fevereiro, junho e outubro de 2022; fevereiro e junho de 2023 – o órgão de defesa do consumidor constata que os preços deste tipo de refeição vêm aumentando sucessivamente.

Além de comparar os valores da refeição self-service por quilo em cada levantamento, a equipe da Escola de Proteção Defesa do Consumidor, em conjunto com o DIEESE, coletou os preços médios praticados em junho deste ano para os tipos de refeições mais demandados pelos consumidores: self-service por quilo, self-service preço fixo, prato executivo de frango e prato do dia (ou prato feito).

Veja aqui a pesquisa completa.

Preço médio da refeição self-service por quilo

A pesquisa, feita no último mês de junho, conclui que o preço médio do self-service por quilo ficou em R$79,47 e que de janeiro de 2020 até junho de 2023 houve uma variação positiva de 38,1% neste tipo de refeição, enquanto o INPC-IBGE do mesmo período acumulou 26,36%.

Ainda com base nas informações dos estabelecimentos comuns a todos os levantamentos feitos pela equipe de pesquisas de Escola de Proteção Defesa do Consumidor, em conjunto com o DIEESE, verifica-se que o preço médio da refeição self-service por quilo variou 5,7% em relação ao preço médio apurado em fevereiro de 2023 (quando o valor era R$ 75,22); 7,3% em relação ao preço médio apurado outubro de 2022 (R$ 74,09); 10,5% em relação ao valor médio de junho de 2022 (R$ 71,91); 18,8% em relação ao preço médio de fevereiro 2022 (R$ 66,92); e 20,7% em relação ao preço médio de outubro/21 (R$ 65,84).

Para os especialistas que fizeram a pesquisa, uma das prováveis razões para a alta é o aumento da demanda, gerada pelo fim das restrições de circulação após o fim da pandemia de covid-19 e a consequente retomada, ainda que parcial, do trabalho presencial em boa parte das empresas.

Também podem ter contribuído aumentos do gás, dos produtos de alimentação e da energia elétrica, que interferem diretamente na formação do preço final ao consumidor; mas, com uma tendência de queda nos percentuais, que pode indicar acomodação dos preços.

Preço médio por tipo de refeição e cobrança

Dos 165 restaurantes pesquisados que servem no sistema buffet self-service por quilo, o preço médio praticado em junho deste ano foi de R$ 75,54; dos 71 que servem no sistema buffet self-service preço fixo, o valor apurado foi de R$ 50,78; dos 172 que oferecem pratos executivos de frango, de R$ 37,11; e dos 181 que oferecem pratos do dia (prato feito), de R$ 30,69.

Sobre a pesquisa

Feita pela Escola de Proteção e Defesa do Consumidor do Procon-SP, em conjunto com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos (DIEESE), a iniciativa tem como finalidade oferecer aos consumidores informações relevantes para suas relações de consumo, permitindo que consiga planejar melhor seu orçamento, especialmente aqueles que fazem suas refeições fora de casa.

Todas as pesquisas partiram da mesma base definida como representativa das cinco regiões do município de São Paulo – zonas Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro – e totalizaram 350 estabelecimentos. A proposta inicial era pesquisar sempre os mesmos estabelecimentos, porém, a cada edição, constatou-se a necessidade de substituição de alguns, em razão do encerramento de atividades de uns ou mudança na forma de comercialização de suas refeições em outros.

Do total dos restaurantes pesquisados (350) em junho, 156 comercializam só um tipo de refeição (72 estabelecimentos (46,2%) apenas por meio de buffet self-service por quilo; 29 (18,6%) somente pratos do dia / pratos feitos; 27 restaurantes (17,3%) apenas self-service preço fixo e 28 estabelecimentos (17,9%) comercializam somente pratos executivos “frango”). O restante da amostra, 194 estabelecimentos, ofertam dois ou mais tipos de refeição.

Os levantamentos de preço foram realizados por telefone.

Dicas ao consumidor

O consumidor deve sempre avaliar o preço aliado à qualidade oferecida.

Os estabelecimentos que oferecem refeições na modalidade por quilo não podem: a) informar o preço apenas ao equivalente a 100g; b) deixar de informar o valor da tara (peso do prato); c) veicular informação que não corresponda ao valor mostrado na balança.

O pagamento da gorjeta não é obrigatório, é uma opção do consumidor e o estabelecimento deve informar claramente o valor sugerido e que seu pagamento é opcional. Não pode ser apresentada essa taxa se não houver a efetiva prestação de serviço.

O pagamento por meio de vales refeição pode ser recusado, já que sua aceitação como forma de pagamento não é obrigatória, exceto se no estabelecimento houver adesivos ou outras peças de comunicação indicando que o local trabalha com este meio. Sua aceitação não pode estar condicionada ao valor consumido, nem ficar restrita a determinado dia, data ou horário.

Não pode ser cobrada taxa de desperdício do consumidor que deixar sobras de refeição em seu prato.

É proibido veicular promoção informando apenas que é por tempo limitado, sem apresentar a data de seu término.

Assessoria de Imprensa | Procon-SP