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Procon-SP altera metodologia e pesquisa de preços de arroz passa a ser presencial em mercados da Capital paulista

Mudança busca avaliar também os níveis de estoques nas lojas e o eventual racionamento nas quantidades vendidas, que só é justificado em situações específicas segundo o CDC

Publicado em 13 de junho de 2024

São Paulo, junho de 2024 – A pesquisa de preços do arroz na cidade de São Paulo feita pelo Procon-SP, passou a ser feita presencialmente esta semana. A mudança em relação à coleta anterior visa identificar os estoques oferecidos nas lojas e a eventual prática de racionamento, que só é proibida pelo Código de Defesa do Consumidor, aceita apenas em situações bem específicas.

Nesta primeira pesquisa presencial feita entre os dias 4 e 6 de junho, os especialistas do órgão de defesa do consumidor paulista estiveram em 20 grandes lojas de supermercados em todas as regiões da Capital, e em todas as unidades foi constatada ampla oferta do produto e sem limitação de venda.

Em relação aos preços praticados pelos supermercados visitados, foram observadas diferenças expressivas; a maior delas de 61% no arroz integral parboilizado de 1 kg da Camil – que em um mercado custava R$9,98 e em outro R$6,19.

Foram coletados os preços de arroz branco tipo 1 (de 1, 2 e 5 kg) de seis marcas e de arroz integral (de 1 kg) de quatro marcas.

Veja aqui o relatório completo pesquisa-arroz-06-06-24.pdf (procon.sp.gov.br)

A realização da coleta de preços on-line logo nas primeiras semanas após os eventos climáticos no RS, foi uma estratégia escolhida pelo Procon-SP para agilizar a oferta de informações aos consumidores, considerando sinais de especulação. A partir de agora, com a volta gradual à normalidade, modificamos o formato e realizaremos uma pesquisa, com coleta semanal e presencial de preços. Este formato também permite identificar, in loco, a oferta aparente do produto e a eventual prática de racionamento nas quantidades vendidas a cada consumidor, que inicialmente vinha sendo admitida em função das inseguranças em relação ao comportamento do mercado”, explica Luiz Orsatti Filho, diretor Executivo do Procon-SP.

O objetivo da pesquisa semana de preços do arroz tem por objetivo apenas fornecer aos consumidores informações e referências que lhes permitam avaliar as melhores ofertas no momento em que realizam suas compras, podendo assim planejarem melhor seus gastos.

Importante esclarecer também que em razão da alteração da metodologia, nesta edição não foi possível fazer o comparativo com os preços praticados na coleta anterior.

Sobre o monitoramento

Os dados não estão sendo coletados para formar índices, serem transformados em processos fiscalizatórios ou para identificar abusividade de preços, já que não há regime de tabelamento no Brasil e o Procon-SP, em parceria com o DIEESE, produz mensalmente uma pesquisa de preços da cesta básica, com mais itens considerados para o cálculo.

Sobre o racionamento na venda de arroz, o Código de Defesa do Consumidor estabelece que é prática abusiva condicionar o fornecimento de produto a limites quantitativos sem justa causa. No entanto, diante da situação do Rio Grande do Sul, o Procon-SP entende que vinha sendo justificável que fornecedores restringissem as quantidades para atender ao maior número possível de consumidores e ajudar no combate à especulação.

Apesar do preço dos produtos não serem tabelados, eventuais situações que os consumidores considerem abusivas podem ser denunciadas junto aos órgãos reguladores – como a Conab ou o Ministério da Agricultura – ou diretamente à Justiça. Os Procons também podem receber reclamações que serão analisadas caso a caso.

Assessoria de Imprensa | Procon-SP