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Procon-SP alerta: juros continuam altos e consumidor deve evitar endividamento impulsivo na Black Friday

Em novembro, taxa média do empréstimo pessoal chegou a 8,16% ao mês; órgão orienta que o 13º salário seja usado para quitar dívidas, não para contrair novas

Publicado em 12 de novembro de 2025

A nova pesquisa de taxas de juros realizada pelo Núcleo de Pesquisas da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor (EPDC) da Fundação Procon-SP revela que os custos do crédito seguem elevados, com a manutenção da taxa Selic em 15% ao ano pelo Banco Central. A taxa média do empréstimo pessoal chegou a 8,16% ao mês, um aumento de 0,07 ponto percentual em relação a outubro.

O Bradesco foi o banco que mais elevou suas taxas, de 8,33% para 8,77% ao mês — variação positiva de 5,28%. Os demais bancos mantiveram os valores. No cheque especial, a taxa média permaneceu em 8% ao mês, limite máximo permitido pela resolução nº 4.765/2019 do Banco Central.

“O cenário mostra que o crédito segue caro. Antes de se empolgar com as promoções da Black Friday e as compras de fim de ano, é importante o consumidor avaliar se realmente precisa recorrer ao empréstimo. Se for necessário se endividar para comprar, o desconto pode sair bem mais caro”, alerta a diretora Adjunta de Estudos e Pesquisas do Procon-SP, Elaine da Cruz.

O Procon-SP destaca que o período é propício para renegociar dívidas antigas e planejar o uso do 13º salário com responsabilidade. Quitar débitos existentes pode ser mais vantajoso do que realizar novas compras financiadas, principalmente diante das altas taxas de juros.

“O crédito pode ser útil quando usado com planejamento, por exemplo, para substituir dívidas com juros maiores. Mas o consumidor deve evitar contratar empréstimos para comprar em promoções como a Black Friday, pois o risco de superendividamento é grande neste período do ano”, completa Elaine.

A pesquisa foi realizada em 04 de novembro de 2025, com os bancos Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander. O levantamento considera as taxas máximas pré-fixadas para clientes pessoa física não preferenciais, com prazo de 12 meses para empréstimo pessoal e 30 dias para cheque especial.

O Procon-SP reforça que o consumidor deve sempre comparar as opções de crédito, verificar o Custo Efetivo Total (CET) e evitar o uso do cheque especial como extensão da renda, já que é uma das modalidades mais onerosas do mercado.

Veja aqui a pesquisa completa
https://www.procon.sp.gov.br/wp-content/uploads/2025/11/RTTXJUROS-11.25.pdf

Assessoria de Comunicação | Procon-SP