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Fundação e Associação retomam câmara técnica do setor supermercadista

No passado o setor e a Fundação Procon-SP, órgão ligado à Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania, já atuaram em conjunto para a disseminação de melhores práticas no setor. Com as recentes fiscalizações foi detectada a necessidade da retomada desse trabalho.
 
O diretor de fiscalização do Procon-SP, Osmário Vasconcelos lembrou que flagrantes de venda de carne pré-moída e produtos com validade vencida são indícios da necessidade de retomada do diálogo com o setor. Favorável à retomada da parceria com a APAS, o diretor executivo da Fundação Procon, Paulo Miguel, lembrou o recente acordo com a CEAGESP que, no futuro, pode garantir menos perdas para o setor de alimentos e maior qualidade dos produtos ofertados para o consumidor.
 
Alessandro Firmino de Campos, diretor de atendimento e orientação ao consumidor, defendeu a promoção de ações para correção de eventuais problemas com estocagem visto que, não raro, se verifica em mercados de grande porte a exposição de  alimentos dentro do prazo de validade que se apresentam impróprios para o consumo. O diretor explicou ainda que os trabalhos da Câmara Técnica deverão ser coordenados pela Diretoria de Programas Especiais e formada por membros de cada uma das diretorias adjuntas da Fundação Procon SP.
 
Segundo o vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (APAS), Roberto Longo Pinho Moreno, no Estado a entidade representa 1400 empresas e mais de 4 mil lojas. É interesse do setor adotar melhores práticas para reduzir perdas, garantir a qualidade do que vende e a competitividade. A APAS possui 16 escritórios espalhados pelo Estado o que pode facilitar a disseminação das orientações do Procon.
 
Cartões de Créditos X preços diferentes 
Para Roberto Longo, embora não obrigatória, a diferenciação de preços de acordo com a forma de pagamento pode ser um complicador. Segundo ele, o custo do cartão de crédito para o setor varia de 1 a 2,8%; o de débito de 0,4 a 1,10%, mas os supermercados aceitam ainda o vale alimentação que chega a cobrar 8% de taxa.  Em regiões onde há uma dependência maior desses vales essa taxa ainda sofre incrementos. Como cobrar preços diferentes nesse cenário? Os custos da operação acabarão sendo distribuídos entre todos. A avaliação do vice-presidente da APAS vai ao encontro da posição do Procon-SP que não vê garantias de redução de preços para o consumidor.