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Procon-SP recebe Tools for Humanity e pede esclarecimentos sobre o escaneamento de íris

Objetivo é avaliar como os procedimentos são informados aos consumidores e outros aspectos que possam ser exigidos pelo Código de Defesa do Consumidor; remuneração pela atividade está suspensa pela ANPD no Brasil

Publicado em 13 de fevereiro de 2025

São Paulo, fevereiro de 2025 – O Procon-SP recebeu nesta quinta-feira (13) representantes da Tools for Humanity, controladora da empresa World, que está realizando no Brasil e em outros países, uma atividade remunerada de escaneamento de íris – a qual, em nosso país, está interrompida por determinação da ANPD – Agência Nacional de Proteção de Dados.

No encontro, após uma apresentação sobre o funcionamento da World ID, como é chamado o “código” ou “protocolo” gerado a partir do escaneamento da íris das pessoas, foram pedidas diversas explicações que deverão ser encaminhadas em breve para análise do órgão paulista de defesa do consumidor.

Trata-se de uma tecnologia disruptiva que precisa ser muito bem detalhada, para que seja possível aos órgãos de defesa do consumidor, avaliar se atendem ao Código de Defesa do Consumidor e não ferem outros direitos dos cidadãos; além, é claro, de análises baseadas em outras regulações, como a que está sendo realizada pela ANPD”, explica Luiz Orsatti Filho, diretor Executivo do Procon-SP.

Dentre as explicações pedidas pelo Procon-SP estão a comprovação sobre a forma como este novo “produto” ou “serviço” é informado ao consumidor – considerando, inclusive, os diferentes níveis de entendimento da população sobre as ferramentas tecnológicas -, como se dá a hospedagem e o tratamento ao “protocolo” gerado após o escaneamento da íris e quais as garantias oferecidas quanto à segurança destes dados; quais os objetivos e usos destes dados e da remuneração oferecida, dentre outras informações.

Em princípio, a oferta de remuneração às pessoas para o escaneamento de sua íris acontece sem a realização de um ato de consumo e isto precisa ser esclarecido de forma objetiva pela organização, para que seja possível analisar este novo negócio com base na legislação consumerista. Além disso, precisamos entender para esclarecer o consumidor sobre diversos aspectos, como, por exemplo, o que ele recebe em troca de “tokenizar” seus dados pessoais, que podem ser utilizados como ferramenta de autenticação, ainda que apenas no futuro, segundo explicações da World”, conclui Orsatti.

Assessoria de Comunicação | Procon-SP

imprensa@procon.sp.gov.br

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